quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Trecho de Filho de Netuno!


“Filho de Netuno” foi lançado ontem em inglês! Por enquanto com o lançamento marcado para primeiro semestre de 2012 aqui no Brasil, temos que conferir alguns trechos que estão sendo disponibilizados.
No último sábado, 1 de Outubro, aconteceu um evento na cidade de Nova York, onde foi lido um novo trecho de O Filho de Netuno
Veja algumas partes:
Personagem de Afrodite comenta sobre o livro:
Certo. Você vai querer saber que Frank é um semideus do novo livro juntamente com Hazel e, sem dúvidas, Percy Jackson. Percy, como muitos sabem, é um semideus do Acampamento Meio-Sangue grego que conheceu os semideuses romanos em seu equivalente Acampamento Júpiter. Juntos, os semideuses gregos e romanos irão guerrear contra Gaia, a mãe terra, e os monstros que ela está libertando para destruir o mundo, incluindo um gigante temido, Altheates.
Com o propósito de saber onde Altheates reside, Percy, Frank e Hazel precisam consultar Phineas, que é um profeta cego. Eles encontram Phineas em Portland, Oregon, e descobrem que ele, assim como Percy, são filhos de Netuno. Netuno é Poseidon na mitologia grega. Quando Phineas recebe o presente de profecia, revela segredos que os deuses queriam guardados. Então Júpiter, Zeus na mitologia grega, envia harpias, que são mulheres pássaros totalmente desagradáveis para roubar sua comida como punição.
Assim que Phineas morre, Gaia o ressuscita, concedendo-lhe o seu maior desejo que era comer. Assim passou o resto dia comendo qualquer coisa que queria, tendo harpias assistindo-o matar a fome. Ele não é simpático? Bem, Phineas garantiu a Gaia que veria todos os deuses, nós, sendo punidos apropriadamente. Aparentemente Phineas é um cara desagradável. Percy decide então acabar com ele. Ele descobre que o temperamento de Phineas é algo perigoso de se apostar. O resultado ele não poderia prever.
Atenção, a continuação do post contém Spoilers sobre o livro, caso queira continuar lendo o post clique em “Mais Informações” logo abaixo:


Personagens de Poseidon, Afrodite e Hades leem o capitulo 28 do livro.
Percy mostrou os frascos de cerâmica.
- Tenho uma aposta diferente. Conseguimos duas garrafas de sangue de górgona, uma cura e outra mata. Elas parecem exatamente iguais, e nem mesmo nós sabemos qual é qual. Se você escolher a certa ela pode curar sua cegueira.
Phineas ergueu a mão ansioso.
- Deixe-me sentí-las, deixe-me cheirá-las!
- Não tão rápido – Percy disse – primeiro tem que concordar com nossos termos.
- Termos – Phineas respirava superficialmente. Percy diria que ele estava morrendo de vontade de aceitar a oferta.
- Profecia e vista, eu seria invencível! – É difícil parar uma risada perversa quando se está vestindo chinelos de coelhinhos cor-de-rosa, mas Phineas deu o seu melhor. – Muito bem, semideus, quais são seus termos?
- Pode escolher o frasco – Percy disse – Sem tirar a rolha, sem dar uma cheirada antes de decidir.
- Isso é injusto, sou cego! – Phineas disse.
- E eu não tenho sua sensibilidade de cheiro. – Percy disse. – Pode segurar os frascos, e eu juro pelo Rio Estige que são idênticos – Percy disse.
Phineas coçou sua barba.
- Então devo escolher qual frasco tomar e você deve beber o outro. Juramos beber ao mesmo tempo?
- Tudo bem. – disse Percy.
- O perdedor obviamente morre – Phineas disse. – Esse tipo de veneno me impediria de voltar à vida, por uma vez pelo menos. Minha essência seria dispersa e degradada. Então estou me arriscando muito.
- Mas se vencer, pode conseguir tudo – Percy disse. – Se eu morrer, meus amigos juram te deixar em paz e não se vingarem. O que nem mesmo Gaia te daria. – A expressão do velho azedou. Percy achou que acertou em cheio. Phineas queria ver. Por mais que Gaia lhe tinha dado, ele ainda se ressentia de ter sido mantido no escuro.
- Se eu perder, estarei morto – disse o velho – incapaz de te dar a informação. Como isso vai ajudá-lo?
- Você vai escrever a localização da toca do gigante antes da hora – Percy disse – Deixe com você, mas jure pelo Rio Estige que é específico e preciso. Você também tem que jurar que se morrer as harpias vão estar livres da maldição.
- Esses são altos riscos – Phineas grunhiu. – Está diante da morte, Percy Jackson. Esta aposta pode me fazer rei novamente.
- Está ficando à frente de si mesmo – Percy disse. – Temos um acordo?
Phineas tocou seu nariz pensativo.
- Não posso prever o desfecho, é irritante como isso funciona. Um risco completamente inesperado. Faz o futuro ficar nebuloso. Mas posso te dizer isso, Percy Jackson: se sobreviver hoje, não vai gostar do seu futuro. Um grande sacrifício está por vir e você não terá coragem para enfentá-lo. Isso vai te custar caro, vai custar caro ao mundo. Deve ser bem mais fácil se escolher o veneno. – A boca de Percy azedou como o gosto de chá verde. Ele queria achar que o velho só estava brincando com a mente dele.
Frank e Hazel estudaram o rosto de Percy com preocupação. Ele assegurou-os que a probabilidade não era pior que 50 em 50. Ele fez um plano, claro que o plano podia sair pela culatra. Sua chance de sucesso podia ser de 100% ou zero. Ele não tinha mencionado isso.
- Temos um acordo? – Percy disse. Phineas sorriu.
- Juro pelo Rio Estige que concordo com seus termos. Bem como os descreveu. Encontre algo em que eu possa escrever. – Phineas rabiscou o papel e o colocou no bolso. – Juro que essa é a localização da toca do gigante. Não que vá viver o bastante para ler isso. – Percy tirou sua espada e toda a comida da mesa. Phineas sentou de um lado e Percy do outro. Phineas levantou as mãos.
- Deixe-me sentir os frascos.
Percy olhou para as colinas distantes. Ele imaginou um rosto sombrio de uma mulher dorminhoca. Jogou os pensamentos para longe e esperou que a deusa estivesse ouvindo.
- Certo, Gaia, estou provando seu blefe. Você disse que sou um peão valioso. Disse que vai me poupar até chegar ao norte. Quem é mais valioso para você, eu ou esse velho? Porque um de nós está prestes a morrer.
Phineas ergueu as mãos em um movimento apreensivo.
- Perca sua coragem, Percy Jackson, dê-me os frascos.
Percy passou os frascos ao velho. Ele correu os dedos pela superfície de cerâmica. Então colocou-as gentilmente na mesa com uma mão em cada. Um terremoto suave sacudiu o chão. Uma sacudida suficiente para fazer os dentes de Percy baterem. O frasco da esquerda pareceu tremer mais levemente que o da direita. Phineas sorriu maliciosamente e passou a mão ao redor do frasco da esquerda.
- Você é um tolo, Percy Jackson, escolhi este, agora vamos tomar.
Percy pegou o frasco da direita, seus dentes batendo. O velho levantou seu frasco.
- Um brinde aos filhos de Netuno. – Os dois destamparam e esvaziaram os frascos. Imediatamente Percy sentiu um gosto parecido com gasolina. A visão de Percy ficou turva, pôde ver Phineas sorrindo de triunfo. Se sentou reto piscando os olhos de expectativa,
- Sim – ele gritou – A qualquer segundo minha visão voltará. – Percy tinha escolhido errado. Se sentiu idiota de ter tomado tanto risco. Sentiu como se cacos de vidro tivessem ido parar no seu estômago e estavam passando pelo intestino.
Frank segurou seus ombros.
- Percy, você não pode morrer. – Ele recuperou o fôlego e de repente sua visão clareou. Na mesma hora Phineas se encurvou como se tivesse sido socado,
- Você, Gaia, você… Você… – Ele cambaleou e tropeçou para longe da mesa segurando o estômago. – Sou muito valioso… – Vapor saiu de sua boca. Um fraco vapor amarelado saiu das orelhas. – Injustiça – ele gritou. – Você me enganou – Ele tentou pegar o papel do bolso de seu manto. Seus dedos viraram areia. Percy levantou cambaleando. Não se segou curado ou algo do tipo. Sua memória não tinha voltado, mas a dor tinha parado.
- Ninguém te enganou – Percy disse. – Você fez sua escolha por si mesmo. E mantenho seu juramento.
O rei cego gemeu de agonia. Ele lentamente se desfez em um círculo, até que tudo o que havia sobrado era seu roupão de banho manchado e um par de pantufas de coelho.
- Esses – Frank disse – são os despojos da guerra mais nojentos que já vi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário